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Sobre o Reconhecimento da "Independência" das Chamadas "Repúblicas Populares" do Donbass

O Partido Comunista da Grécia (KKE) e a Juventude Comunista da Grécia (KNE) juntamente com as organizações pró-paz e anti-imperialistas estão a reforçar a luta contra o envolvimento do país nos planos militares do trio EUA-NATO-UE para que o território grego não seja utilizado para operações na Ucrânia, para que não se ratifique o acordo grego-norteamericano sobre a extensão das bases militares dos EUA na Grécia e que se fechem todas as bases e infraestruturas militares da NATO.

Manifestação em Atenas pelo fechamento das bases da NATO

Neste contexto, ontem, 21 de Fevereiro, o Comité de Luta contra o Acordo Grécia-EUA sobre as Bases Militares organizou uma manifestação diante do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Atenas com a participação de delegações do Comité Grego pela  Distensão Internacional e a Paz (EEDYE), sindicatos, associações estudantis, a Federação de Mulheres (OGE), associações de trabalhadores autónomos e outras. Da mesma forma, houve uma manifestação em Tessalónica, na sequência de um apelo do EEDYE às organizações de massas da cidade.

Ao mesmo tempo, o gabinete de imprensa do CC do KKE emitiu uma declaração sobre o reconhecimento da "independência" das "repúblicas populares" do Donbass:

"A decisão da Federação Russa de proceder ao reconhecimento das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk na região do Donbass, que se separou da Ucrânia em 2014, é um novo passo que complica ainda mais a situação nesta região e conduz à escalada da competição imperialista, no contexto do confronto entre o trio EUA-NATO-UE e a Rússia. Está sem dúvida ligada à intervenção do trio EUA-NATO-UE na Ucrânia, bem como ao ataque armado desencadeado nos últimos dias pelo governo ucraniano (armado pelos EUA e NATO) contra a população de Donbass. Estes perigosos acontecimentos são uma das consequências da situação trágica para os povos surgida após a derrubada do socialismo e a dissolução da União Soviética.

Em seu discurso, Putin tratou de justificar a sua atual posição com uma escalada anticomunista, um ataque contra os bolcheviques, a Lenine e a União Soviética. No entanto, nada pode manchar a contribuição do socialismo e da União Soviética, que era uma união multinacional de Estados iguais, nem pode ocultar os malefícios da   restauração capitalista, na qual Putin desempenhou seu papel. Na prática, este ataque é um pretexto para justificar os perigosos planos estratégicos da liderança russa na região.

O "reconhecimento" pela Rússia das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk não resolve os problemas existentes, mas reproduz os impasses do modo de produção capitalista que conduzem às guerras imperialistas e à exploração de classe. Além disso, dificultará ainda mais a luta comum dos povos contra o ódio nacionalista fomentado pela burguesia e pelos estados imperialistas para defender seus interesses na região.

 

O KKE opõe-se à guerra imperialista e exige que se detenha a participação da Grécia nos planos EUA-NATO-UE na Ucrânia. Exige o fechamento das bases militares da NATO e dos EUA.  Que nenhuma força militar grega deve ser enviada à Ucrânia ou para outras missões imperialistas. Convoca também ao povo para fortalecer a luta pela retirada das alianças imperialistas, com o povo tendo soberania na sua própria terra.

Ao mesmo tempo, o KKE expressa sua solidariedade com os comunistas e os povos da Rússia e da Ucrânia. Chama a intensificar a luta contra o nacionalismo e o chauvinismo, que lutem para evitar que milhões de trabalhadores fiquem presos num conflito de base étnica que oculta as verdadeiras causas do conflito.  Reforçar sua luta pela única alternativa que existe para os trabalhadores e que está em outro caminho de desenvolvimento, o socialismo".

 

22.02.2022

Athens

 

Thessaloniki